O Projeto "Escreve Cartas", que ajuda quem tem dificuldades para ler e escrever, precisa de 50 novos voluntários.
Hoje, o programa conta com 213 escrevedores presentes em cinco unidades do Poupatempo.
As vagas são para atender na Unidade Itaquera, Zona Leste.
As inscrições devem ser feitas pelo telefone (11) 3456-7090, ou direto no local, até o dia 14 de abril,das 7h às 19h – no sábado, excepcionalmente, até às 9h.
O Poupatempo Itaquera fica na rua do Contorno, 60, ao lado do metrô Corinthians-Itaquera.
Tenho um parente que é voluntário no "Escreve Carta" de Santo Amaro, em São Paulo.
Veja o que ele escreveu sobre um sonho - maravilhoso sonho, por sinal! - que um dia bem poderia tornar-se realidade se todos nós ajudássemos, voluntariamente, nossos irmãos brasileiros mais humildes e carentes a conhecerem as letras para que aprendessem a ler, a escrever e a comunicarem-se melhor uns com os outros.
No ano passado, ele assim escreveu:
"O Escreve Cartas comemora dez anos de relevantes serviços à comunidade e eu sou voluntário há pouco mais de dois anos, e me sinto honrado de participar na unidade do Poupatempo de Santo Amaro.
A cada currículo que faço, a cada carta que escrevo ou formulário que preencho sinto o dever cumprido, pois mais uma pessoa foi ajudada a resolver seu problema ou teve seu caso encaminhado. Porém, eu tive um sonho.
Sonhei que estava numa grande solenidade com o Presidente da República, governadores, prefeitos e muitos políticos e, na platéia, centenas de voluntários do "Escreve Cartas" que a cada discurso tinham os olhos marejados de lágrimas por que o "Escreve Cartas" estava encerrando suas atividades.
Em cada lágrima uma lembrança das cartas escritas, dos currículos feitos e dos formulários preenchidos.
Lembrança da mãe que pediu para escrever para o filho longe, no presídio; do pai que escrevia para alguém procurando pela filha e da senhora que veio agradecer a cartinha escrita para um apresentador de TV que a sorteou com a casinha que ela tanto queria.
Cada lágrima era uma lembrança de um velho ou de um moço, de uma mulher idosa ou de uma mocinha.
Cada um com sua dificuldade.
Alguns logo iam dizendo que não sabiam escrever, outro que tinha esquecido os óculos, aquele outro que estava com a mão machucada, todos porém precisavam de ajuda e, assim, foram sempre atendidos com carinho e atenção.
E agora o serviço não era mais necessário, pois o Presidente da República, em ato solene, anunciava que já não havia mais analfabetos no Brasil...
Autor: Celso Valio Machiaverni"
OBS: Celso é Diretor Administrativo da Associação dos Aposentados e Pensionistas da Sabesp e reside em São Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário